2012
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ALUNO(a)__________________
HISTÓRIA CLÁSSICA
GRÉCIA ANTIGA
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EDUCADOR: TÉRCIO CRISOTOMO
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http:// abrahistoria.blogspot.com
e-mail da turma: atividadeshistoricas@yahoo.com.br
CONTEUDO
PROGRAMÁTICO DA 1ª FASE DO E
N S I N O M É D I O/INTEGRADO/PROEJA
1ª AVALIAÇÃO DE
HISTÓRIA DESTA 1ª FASE
O QUE VAMOS ESTUDAR NESSA FASE ?
A
diversidade das relações de trabalho na Antigüidade Clássica.
a) O Hilotismo espartano: condições de
vida e trabalho de hilotas e periecos.
b) A escravidão e o trabalho livre em
Atenas.
c) A escravidão e o trabalho livre em
Roma.
d) trabalho e cidadania.
AS APENAS NOS DÃO UMA AMOSTRA DA
COMPARAÇÕES AQUI DESENVOLVIDAS RIQUEZA DOS COSTUMES, TRADIÇÕES E HISTÓRIAS
QUE ENVOLVERAM AS CIDADES-ESTADO DO MUNDO GREGO.
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a) As cidades-estados: Atenas, Esparta e
Roma.
b) A organização política nas Polis
grega e romana: Da República ao Regime Imperial.
c) As reformas em Atenas: De Sólon a
Péricles.
d) Democracia e cidadania no mundo
clássico.
e) Lutas sociais e cidadania em Atenas,
Esparta e Roma.
f) As resistências ao hilotismo e às
diversas formas de escravidão em Atenas e em Roma,
3.Religião e religiosidade na
Antiguidade clássica.
·
ATENAS
E ESPARTA
A comparação entre
as cidades-Estado de Esparta e Atenas nos oferece um quadro de contrastes
muito interessante, dessa forma, podemos entender a diversidade cultural
encontrada dentro desse território. As formas de concepção do mundo, os
papéis desempenhados pelos sujeitos sociais, as instituições políticas,
valores e tradições desses dois povos são de grande utilidade para que
possamos, assim, apagar a impressão de que existe um povo grego marcado
pela mesma cultura
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-=--=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-
Ao
estudarmos a Grécia Antiga, temos uma falsa impressão sobre a organização dessa
civilização clássica. Em geral, os livros didáticos falam repetidamente sobre
as características da Grécia como se tratasse de um povo dotado de
características comuns. No entanto, ao conhecermos sua organização política
descentralizada, acabamos tendo fortes indícios de que, dentro do “mundo
grego”, existiam povos com diferentes costumes e tradições.
No
que diz respeito às instituições políticas, Atenas conta com uma trajetória
onde depois da adoção dos regimes monárquico e aristocrático, criou-se uma
forma de governo democrática. Mesmo sendo considerado um “governo do povo”,
aqueles que participavam da democracia ateniense correspondiam a menos de 20%
da população. Já em Esparta, as questões políticas eram de obrigação de um
conjunto de 28 homens, maiores de 60 anos, que formavam a Gerúsia. Além disso,
existiam dois reis, que formavam a chamada Diarquia. As funções desses reis
eram ligadas às questões religiosas e militares.
O
papel desempenhado por homens e mulheres na sociedade ateniense e espartana,
também tinha suas especificidades. Em Esparta, as mulheres recebiam uma
rigorosa educação física e psicológica. Além disso, elas participavam das
reuniões públicas, disputavam competições esportivas e administravam o
patrimônio familiar. Em contrapartida, a cultura ateniense restringia suas
mulheres ao mundo doméstico. A docilidade e a submissão ao pai e ao marido eram
valores repassados às mulheres atenienses.
A
questão educacional nas duas cidades também apresentava diferenças entre si. As
instituições atenienses se preocupavam em desenvolver um equilíbrio entre mente
e corpo. Dessa forma, a educação buscava conciliar a saúde física e o debate
filosófico. Já em Esparta, dada sua intensa tradição militarista,
privilegiava-se o treinamento do corpo. Os jovens espartanos aprendiam a
escrever aquilo que era estritamente necessário. Dessa forma, o
cidadão espartano deveria ser forte e resistente, um indivíduo apto para
as batalhas militares.
Com
toda certeza, não poderíamos julgar quais dessas duas diferentes culturas do
mundo clássico foi mais “desenvolvida” ou “sofisticada”. Nem mesmo poderíamos
concluir que os atenienses eram simples antíteses dos espartanos. As diferenças
entre as experiências vividas por Atenas e Esparta podem nos explicar tantos
contrastes. Dessa forma, as comparações aqui desenvolvidas apenas nos dão uma
amostra da riqueza dos costumes, tradições e histórias que envolveram as
cidades-Estado do Mundo Grego.
ESPARTA
A cidade-estado
de Esparta, situada nas beiras do rio Eurotas, na região do Peloponeso, na
Grécia, foi um dos fenômenos mais fascinantes da história em todos os tempos,
tão fascinante que até seus vizinhos e rivais, os atenienses , dedicaram-lhe
longos estudos sobre os usos, costumes e instituições lá vigentes. Aliás é
graças a eles, aos filósofos, a historiadores e pedagogos atenienses: a Platão,
a Xenofonte, a Aristóteles, a Isócrates e a Plutarco, que sabemos como os
espartanos viveram. Simplesmente afirmamos que Esparta foi uma escola de
guerreiros.
PRINCIPAIS PERÍODOS DA GRÉCIA ANTIGA
HOMÉRICO (XV a VIII a.C.): Comunidades gentílicas.
ARCAICO (VIII a VI a.C.): Cidades-estados
CLÁSSICO (VI a IV a.C.): auge da democracia grega
HELENÍSTICO (IV a I a.C.): expansão da cultura grega após a dominação
macedônica
HOMERO: ILÍADA E A ODISSÉIA
Homero: Poeta grego que escreveu as obras Ilíada e Odisséia
Ilíada: narra a Guerra de Tróia
Odisséia: narra as aventuras de Ulisses em seu retorno para Ìtaca, sua
terra natal.
ESPARTA:
Uma cidade de bravos guerreiros
Esparta surgiu
por volta do século IX (a.C.), na fértil região da Lacônia, próximo ao litoral
do mar Egeu. Em Esparta, diferentemente das outras cidades gregas, não houve
transformações políticas, econômicas, sociais e culturais. Isso se deve, em
parte, ao seu isolamento.
Organização
Política de Esparta:
As instituições
sociopolíticas espartanas foram atribuídas a um legislador lendário, Licurgo,
que teria recebido as instruções do deus Apolo. A organização do Estado
Espartano era assim constituída:
a)
Dois Reis (Basileus): um era o
chefe militar; o outro, religioso.
b)
Senado (Gerúsia): o conselho dos
anciãos.
c)
Assembléia do Povo (Ápela):
caráter deliberativo.
d)
Eforado: cinco anciãos
escolhidos na Gerúsia para governar.
Organização
Social
A população de
Esparta dividia-se em três classes principais:
a) A camada
dominante era constituída dos ESPARCIATAS
ou descendentes dos primeiros conquistadores; somente eles tinham direitos
políticos.
b) Em segundo, vinham os PERIECOS (que moravam em redor da
cidade) e tinham permissão de comercializar e dedicar-se à manufatura, mas não
tinham direitos políticos.
c) Os HILOTAS, parte da população submetida a
um trabalho compulsório e a um tratamento, muitas vezes, vergonhoso.
Disciplina Militar
Disciplina Militar
Os cidadãos
espartanos eram condenados a uma existência de privações: na maior parte de
suas vidas, estavam submetidos ao serviço militar. A educação masculina era
dedicada ao serviço militar, que começava aos sete anos, quando os homens eram
submetidos a açoite, a fim de enrijecê-los para os deveres da guerra. Entre os
vinte e os sessenta anos, os homens estavam a serviço do Estado, que regulava
minuciosamente a vida de seus cidadãos: além da educação dos jovens,
preocupava-se com o casamento, obrigatório para os celibatários (lei Atímica).
As mulheres
espartanas eram preparadas fisicamente para se tornar mães de espartanos
sadios. Praticavam ginástica e participavam de jogos esportivos. Gozavam de
maior liberdade que as demais mulheres do mundo grego, o que se explica pela
freqüente ausência do homem e pela necessidade de administrar o patrimônio
familiar.
Organização
Econômica
A organização
econômica de Esparta visava garantir a eficiência militar e a supremacia dos
esparciatas. As melhores terras (também os hilotas que trabalhavam e
sustentavam toda a sociedade) eram propriedades do Estado.
Política
Externa
Com relação à
política externa, no fim do século VI a.C., Esparta dominou quase todo o
Peloponeso, formando, juntamente com Corinto, Mégara, Égina e outras, a Liga do
Peloponeso. Essa aliança militar, da qual não participava Argos, sua
arqui-rival, transformou-se em um instrumento de dominação espartana.
RECAPITULANDO
A SOCIEDADE
ESPARTANA
Espartanos:
grandes proprietários, detentores do poder político.
Periecos: Homens
livres, porém sem direito de cidadania.
Hilotas: Estavam
a serviço do Estado, sendo-lhe vetado o direito a liberdade, eram os servos do
estado espartano.
Texto 1
“As flechas do inimigo serão tão numerosas
que irão tapar a luz do Sol”
Quem nunca ouviu
a célebre frase de Leónidas em resposta a um espartano, a quando da Batalha das
Termópilas, que proferiu a seguinte frase; “As flechas do inimigo serão tão numerosas que irão tapar a luz do Sol”
?. Leónidas respondeu serenamente; “Tanto
melhor, combateremos à sombra!”.
Rei
e General de Esparta, Leónidas é famoso pela heróica actuação na Batalha das
Termópilas, contra os exercitos de Xerxes, rei da Pérsia. A época em que a
invasão persa se deu não era em nada favorável aos gregos.
Esparta
festejava a Carnéia e no resto da Grécia preparavam-se as Olimpíadas, sendo que
ambos os eventos, por tradição, proibiam combates. Leónidas viu-se num grave
dilema entre infringir a lei e executar a tão necessária defesa. Por fim,
partiu de Esparta com 300 hoplitas, juntando-se a eles pelo caminho outros
homens de aldeias vizinhas e aliadas, totalizando algo próximo de 7 mil
soldados.
No
Desfiladeiro das Termópilas as tropas de Leónidas confrontaram os mais de 200
mil persas, que de início foram rechaçados pelos Gregos. Todavia, devido à
traição de Efialtes, um miserável
pastor, que subornado por Xerxes
guiou os persas por um caminho que contornava as Termópilas, permitindo-lhes
abrir nova frente de combate. Sabendo da traição, Leónidas dispensou os
aliados, mas permaneceu com os seus 300 espartanos, e aos que ficaram
voluntariamente disse: “fiquem aqui
comigo, e esta noite jantamos no inferno”, pois a lei espartana não
permite retiradas, ou seja, somente se regressa a casa vitorioso ou morto sobre
o escudo.
Durante
os três dias anteiores os gregos quase sem baixas, eliminaram 20 mil persas,
mas depois da traição de Efialtes acabaram cercados pelo exército de
Xerxes. Antes do embate final, Xerxes
ordenou a Leónidas: “Entreguem as
vossas armas!”, ao que o Rei de Esparta respondeu apenas: “Venham buscá-las”, ultimas
palavras do rei antes de suas tropas serem atingidas por uma chuva de flechas e
massacradas por todos os lados pelo exército persa. A cabeça de Leónidas foi
empalada e seu corpo crucificado. A vingança grega viria algum tempo depois.
A
estratégia de Leónidas é lembrada até hoje pela sua simplicidade e
brilhantismo. Conhecendo melhor a sua terra do que os invasores estrangeiros,
Leónidas aproveitou o terreno para anular a colossal desvantagem numérica e
conseguir uma chance considerável de vitória, provando como muitas outras vezes
ocorreram na história, que números não vencem batalhas, estratégias vencem
batalhas.
Hoje
existe um monumento nas Termópilas em homenagem a Leónidas sob o qual está
escrita a frase Molon Labe
(“Venham buscá-las”), bem como aos 300 espartanos que o acompanharam na
batalha e na morte com a frase: “Estrangeiro, vai contar aos espartanos que
aqui jazemos, por obediência às suas leis.”
COSTUMES DOS
SOLDADOS ESPARTANOS
Eugenia: sacrifício de crianças deficientes.
Kriptia: matança de hilotas.
Xenofobia: aversão à idéias estrangeiras.
Laconismo: hábito de falar pouco.
CIDADES-ESTADOS
GREGAS*
PÓLIS:
centro político –militar –religioso, autônomas e independentes.
*
Autonomia administrativa, o que caracterizava a
fragmentação política da Grécia.
AS MULHERES ESPARTANAS
As mulheres
espartanas eram mais dominantes na sociedade do que as suas semelhantes em
Atenas.
1,As moças
espartanas recebiam boa educação em arte e atletismo.
2. As mulheres espartanas eram encorajadas a desenvolver o seu intelecto.
3. As mulheres espartanas eram donas e mais de um terço da terra.
2. As mulheres espartanas eram encorajadas a desenvolver o seu intelecto.
3. As mulheres espartanas eram donas e mais de um terço da terra.
4.
Havia menos diferença de idade entre maridos e esposas, e as raparigas
espartanas casavam-se com uma idade mais avançada do que as atenienses.
5. Os maridos passavam parte do tempo com outros homens em alojamentos militares e, uma vez que os homens raramente estavam em casa, as mulheres eram livres para se encarregar de quase tudo o que existia fora do exército.
6. As mães criavam os filhos até à idade de 7 anos, momento em que a sociedade se encarregava deles. Os pais desempenhavam pouco ou nenhum papel na criação dos filhos.”
5. Os maridos passavam parte do tempo com outros homens em alojamentos militares e, uma vez que os homens raramente estavam em casa, as mulheres eram livres para se encarregar de quase tudo o que existia fora do exército.
6. As mães criavam os filhos até à idade de 7 anos, momento em que a sociedade se encarregava deles. Os pais desempenhavam pouco ou nenhum papel na criação dos filhos.”
A MULHER
ESPARTANA: Era educada para servir a Pátria gerando filhos saudáveis para o
Estado.
Fazia exercícios físicos.
Na ausência do marido, assumia o lar.
REFLEXÃO:
GORGO, A ESPOSA DE LEÓNIDAS
Gorgo, foi uma rainha de Esparta. Filha de Kleomenes e
esposa de Leónidas, que morreu na batalha das Termópilas. Ela é mais conhecida
mulher de Esparta uma vez que é numerosas vezes citada por Heródoto. O seu
papel na História é único, sendo vista num papel ativo na arena
política espartana. Enquanto criança (oito ou nove anos), ela recomendou a seu
pai não confiar em Aristágoras:
“Pai, é melhor você partir, ou o estrangeiro irá
corrompê-lo” (Heródoto).
Kleomenes, seu pai seguiu o seu conselho.
Plutarco incluiu-a também na sua seção de provérbios
de mulheres espartanas. Aqui ficam alguns: “Quando
questionado por uma mulher da Ática porque eram as mulheres espartanas as
únicas que podiam governar os homens, respondeu: porque nós somos também as
únicas que fazemos nascer homens.”
“Na partida do seu marido Leónidas para as Termópilas,
enquanto o incitava a se mostrar digno de Esparta, perguntou o que devia fazer.
Leónidas respondeu: casa com um homem bom e traz ao mundo crianças sãs.”
RITUAL ESPARTANO:
Guerra e espetáculos sangrentos
Mesmo
para os turistas do império Romano, gente viajada e mais do que habituada a
espectáculos sangrentos, tratava-se de uma atração especial.
O
êxito era de tal ordem que, por volta do ano 200 da nossa era, foi autorizada a
construção de um anfiteatro em volta do templo, para os visitantes poderem
acompanhar melhor todos os pormenores do ritual.
Lá
em baixo, um adolescente nu tentava apanhar um queijo colocado no altar da
deusa Artémis, enquanto um sacerdote o chicoteava sem dó nem piedade, fazendo
espirrar sangue sobre o altar. O jovem que aguentasse mais tempo era saudado
como um campeão, quando tinha a sorte de sobreviver à cerimónia.
Provavelmente
os estrangeiros abandonavam o anfiteatro satisfeitos, pois tinham testemunhado
um legítimo costume da lendária cidade-estado de Esparta.
Para
muita gente, a imagem de um adolescente torturado resume na perfeição o
significado de Esparta para a História. Na escola, aprendemos que, entre as
cidades gregas de há 2500 anos, Atenas foi o berço da democracia e da liberdade
de pensar e criar que tanto valorizamos, enquanto os espartanos viviam sob um
regime totalitário cuja única preocupação era a guerra, e submetiam os jovens
ao treino militar mais desumano do planeta.
Desse
ponto de vista, passar de superpotência grega a parque temático sado masoquista
teria sido o destino mais do que merecido. Porém. tal como a visão dourada de
Atenas, a imagem dos espartanos não passa de uma grosseira simplificação. Sem a
liderança dos espartanos, a Grécia (e, provavelmente, boa parte da Europa)
ter-se-ia tornado uma mera província do Império Persa, com conseqüências
imprevisíveis para o mundo de hoje.
Em
quatro grandes batalhas contra os persas, os espartanos ajudaram a proteger o
que será a origem do mundo ocidental. Por mais estranho que pareça, a verdade é
que Esparta esteve entre as primeiras cidades gregas a criar um governo
constitucional, todos os seus cidadãos era iguais perante a lei e os seus
exércitos foram vistos como libertadores, face à ambição de Atenas. Por isso,
vale à pena tentar ver melhor através das brumas que cercam a cidade mais
controversa da Grécia.
Ao
contrário de outros hoplitas, como por exemplo os Atenienses, os Espartanos
seguiam um treino militar durante toda a sua vida, sendo assim verdadeiros
soldados de ofício. O Hoplita Espartano enverga todo o seu vestuário de
combate. O capacete de bronze, de tipo corintio, é decorado de uma crista. A
couraça de linho branco colocada sobre a tuníca substituiu a pesada couraça de
bronze.
‘É
composta por várias camadas de tecidos colados uns aos outros. A parte inferior
é recortada faixas para facilitar os movimentos e o abdómen é reforçado por placas
metálicas. As caneleiras eram igualmente em bronze.
O
Hoplita Espartano é armado com uma lança e espada e o seu escudo gravado com o
símbolo de Esparta é banhado a bronze na sua face externa. A capa termina este
uniforme, o soldado está pronto para o combate.
A
barba era frequente na Grécia antes da época Alexandre (336 a 323 antes de
J.C.), e os cabelos longos eram o sinal distintivo do Espartano adulto.
O CENÁRIO
HISTÓRICO
“Todo
o sistema da legislação dos lacedemônios visa uma parte das qualidades do homem
– o valor militar, por este ser útil nas conquistas; consequentemente a força
dos lacedemônios foi preservada enquanto eles tiveram em guerra , mas começou a
declinar quando eles construíram um império, porque não sabiam como viver em
paz, e não foram preparados para qualquer forma de atividade mais importante
para eles do que a militar.”Aristóteles “Política”, 1271 b
Esparta,
por força das circunstâncias da ocupação dória, de quem descendiam seus
habitantes, petrificou-se no tempo. A sua estrutura social e seu rígido
militarismo pouco mudaram ao longo dos cinco séculos de história. Era uma
sociedade que, desde que adotou as leis de Licurgo, quase nada conheceu do que
pode se chamar de evolução de um regime político.
A
razão disso foi que os espartanos, desde os começos quando chegaram à
Lacedemônia como povo invasor, tiveram que enfrentar uma população hostil que
os superava varias vezes em número e que rebelava-se contra eles a mínima
hesitação. Para afirmar-se nela como conquistadores e dominá-la, tiveram que
sacrificar-se integralmente àquele tipo de vida.
Desta
maneira tornaram-se fóbicos à mudanças e à novidades. Como já se disse no
passado e foi lembrado mais recentemente por Arnold Toynbee, “os espartanos
tornaram-se escravos dos seus escravos”.
(Venham Buscá-las!) Resposta de Leónidas ao Rei
Persa, quando este exigiu que os Espartanos entregassem as armas, nas
Termópilas.
Em
480 a.C. um exército Persa de aproximadamente 250 000 homens entrou na Grécia
com o objectivo de a conquistar e de modo a que os Persas Aqueménidas
aumentassem o seu território. A Grécia, dividida por séculos de conflitos
internos entre as cidades estado, uniu esforços para enfrentar a ameaça externa.
Atenas
estava ameaçada. O exército Persa avançava rapidamente. Não iria haver tempo
para evacuar a cidade. Leónidas, Rei de Esparta, voluntariou-se para enfrentar
os Persas no desfiladeiro das Termópilas, um estreito que se estendia por
vários quilómetros e que traduzido do grego significa Portas de Fogo. Leónidas,
com 300 Espartanos e 4000 aliados, impediria as forças Persas de avançar. Ao
terceiro dia, ordenou aos seus aliados que retirassem, ficando apenas os
seu fieis soldados a guardar o desfiladeiro. Aguentaria mais um dia. Nenhum dos
soldados Espartanos, nem mesmo Leónidas, iria ver o nascer do quarto dia.
Leónidas
tombou em combate, mas o seu sacrificio não foi em vão. Quando os Persas
chegaram a Atenas, encontraram uma cidade vazia. Leónidas, Rei de Esparta,
inimigo de Atenas, faria o último sacrificio pelo seu rival, e deixaria uma
história de coragem para a Eternidade. Será sempre lembrado pela máxima: Venham
Buscá-las!
Guerra
do Peloponeso – Recapitulando
a história de ESPARTA e ATENAS
Conflito
entre Atenas e Esparta, ocorrido entre 431 e 404 a.C.. Sua história foi
detalhadamente registrada por Tucídides e Xenofonte. De acordo com Tucídides, a
razão fundamental da guerra foi o crescimento do poder ateniense e o temor que
o mesmo despertava entre os espartanos.
A cidade de Corinto foi especialmente
atuante, pressionando Esparta a fim de que esta declarasse guerra contra
Atenas. Esparta invadiu a Ática com seus aliados em 431 a.C., mas Péricles
persuadiu os atenienses a se deslocarem para trás das ‘longas muralhas’ que
ligavam Atenas a seu porto, o Pireu, e a evitar uma batalha em terra com o
superior exército espartano.
Atenas
confiava em sua frota de navios trirremes para invadir o Peloponeso e proteger
seu império e suas rotas comerciais, mas foi gravemente surpreendida pela
deflagração da peste, em 430 a.C., que matou cerca de um terço da população,
inclusive Péricles. Apesar disso, a frota teve boa performance e foi
estabelecida uma trégua de um ano, em 423 a.C..
A
Paz de Nícias foi concluída em 421 a.C., mas Alcibíades liderou um movimento de
oposição a Esparta no Peloponeso; suas esperanças esvaneceram-se com a vitória
de Esparta em Mantinéia, em 418 a.C..
Ele
foi também o principal defensor de uma expedição à Sicília (415-3 a.C.), que
visava derrotar Siracusa e que resultou em completo desastre para Atenas. A
guerra foi formalmente retomada em 413 a.C.; a fortificação de Decélia, na
Ática, pelos espartanos, e revoltas generalizadas entre seus aliados
pressionaram Atenas, que havia perdido grande parte de sua frota na Sicília e
estava falida e atormentada por convulsões políticas. Apesar disso e graças, em
grande parte, a Alcibíades, a sorte de Atenas ressurgiu, com vitórias navais em
Cinosema (411 a.C.), e Cícico (410 a.C.), e com a reconquista de Bizâncio (408
a.C.).
Houve
mais uma vitória em Arginuse, em 406 a.C.. A partir de então, o apoio
financeiro da Pérsia a Esparta e as habilidades estratégicas e táticas do
espartano Lisandro alterou a balança. A vitória espartana em Egospótamos e seu
controle do Helesponto subjugaram Atenas, pela fome, até a rendição, em abril
de 404 a.C..
ATENAS: A
democracia é um dos seus legados
Atenas
formou-se a partir de uma miscigenação entre os jônios e os primeiros
habitantes da Ática, no século VIII a.C. A primeira forma de governo ateniense
foi a monarquia. Nessa época, Atenas era governada por um rei (Basileus), com
plenos poderes de sumo-sacerdote, juiz e chefe militar, auxiliado por um
Conselho de Anciãos (Areópago). Havia também uma Assembléia do Povo.
A sociedade era dividida em classes sociais:
a) os EUPÁTRIDAS eram os aristocratas;
b) os geomores
eram formados pelos pequenos proprietários rurais;
c) os demiurgos
eram os pequenos artesãos;
d) os
estrangeiros (METECOS), considerados
livres e sem direitos políticos;
e) os ESCRAVOS adquiridos por meio de
guerras, de comércio e por dívida constituíam a base de toda a produção
econômica.
Em
meados do século VIII a.C., a monarquia começou a se deteriorar em função da
concentração das terras nas mãos dos eupátridas, o que lhes garantia maior
poder. Nesse período, a monarquia foi substituída pela oligarquia, chamada de
Arcontado, que era constituído por nove arcontes eleitos pela aristocracia
territorial e escravista. Num primeiro momento, o mandato dos arcontes durava
dez anos; depois, foi reduzido para um ano.
As
principais funções do arcontado eram: Epônimo, função de administrador;
Basileus, função religiosa; Polemarca, função militar; e o Tesmoteta, função de
juiz.
As Reformas de
Drácon.
As
leis, nessa época, eram consuetudinárias (costumeiras) e eram aplicadas pelo
Conselho dos Anciãos. Levantaram-se gritos de desespero oriundos do povo e
ameaças de revolução, colocando em risco o poder político dos eupátridas.
Surgiu, dessa forma, o código de leis escritas draconianas (elaboradas por Drácon).
As Reformas de
Sólon
Sólon foi eleito
arconte em 594 a.C., com a ajuda dos comerciantes e artesãos ricos que lhe
concederam poderes para realizar reformas, entre as quais destacam-se:
a)
a criação do Conselho dos Quatrocentos (Bulé), responsável pela elaboração das
leis, com admissão dos membros da classe média;
b)
criação de um supremo tribunal de recursos (Tribunal dos Heliastas), aberto a
todos os cidadãos e eleito por sufrágio universal masculino;
c)
proibição da escravidão por dívida;
d)
instituição de uma nova cunhagem de moedas (Drácman).
A Tirania
Em
560 a.C., Psístrato foi eleito com a ajuda do povo e do exército. Justificando
a fama de déspota benevolente, protegeu a cultura, reduziu o poder da
aristocracia e elevou o padrão de vida dos atenienses da classe média. Seu
sucessor, Hípias, foi um opressor vingativo.
A Democracia
Ateniense
Clístenes foi eleito
arconte, após a derrubada de Hiparco, com a ajuda das massas. Governou Atenas
de 508 a 502 a.C. Suas principais reformas foram:
a) Criou a
Democracia (governo do povo).
b) Aumentou o
número de cidadãos.
c) Criou o
Conselho dos Quinhentos, cujos membros eram escolhidos por sorteio.
d) Aumentou a
autoridade da Assembléia do Povo;
e) Instituiu o
Ostracismo, pelo qual o cidadão considerado perigoso ao Estado era exilado por
dez anos.
ATENAS
Atenas é uma das mais
antigas cidades da Europa, fundada no século VIII a.C, e sua história é
bastante ligada a história da Grécia, sendo de fundamental importância
desde os tempos da Grécia Antiga.
Atenas na antiguidade era
uma sociedade não militarista, em oposição a Esparta e se destacava das outras
cidades gregas por ter adotado a democracia. Foi fundada no século VIII a.C.na
região da Ática. Durante as Guerras Médicas Atenas comandou o
exército Grego através da chamada Confederação de Delos.
- Eupátridas: Cidadãos, tinham direitos políticos e participavam da democracia e da vida pública. Tinham pai e mãe ateniense e ertam maiores de 21 anos de idade (alta aristocracia, com direito a cidadania, que foi progressivamente abrangendo os menos ricos);
OBSERVAÇÂO: Raramente a
cidadania era concedida a pessoas de outras cidades
- Metecos Viviam na cidade, mais não tinham nascido na polis Atenas. Não tinham direitos políticos e eram proibidos de comprarem terras, podiam trabalhar no artesanato e comércio. Geralmente pagavam impostos para viverem na cidade, e em algumas épocas podiam ser convocados para o serviço militar (pequenos comerciantes, sem direitos de cidadão);
- Escravos (prisioneiros de guerra e condenados por algum crime; Nascidos nas famílias escravas, comercializados como escravos por estrangeiros no mercado grego; eram também considerados escravos os que pagavam dívidas, até que essa modalidade de escravidão por dívida foi proibida na Grécia antiga.
OBSERVAÇÂO: No final do século IV a.C., eram aproximadamente
400 mil escravos em Atenas. Os escravos urbanos atenienses, estavam geralmente
protegidos por lei contra abusos ou brutalidades de seus donos. Se um escravo
denunciasse o seu dono por maus tratos, este estava sujeito a vende-lo ou a
entrega-lo para a justiça de Atenas.
Apesar de os antigos
habitantes de Atenas se considerarem Autóctones, eles na verdade
resultam de uma lenta mistura de populações pré-helênicas realmente autóctones
com populações helênicas, vindas principalmente da Iônia, sem histórico de conflitos ou
conquistas violentas.
Sua posição geográfica
deixou Atenas fora das correntes invasoras dóricas. Mais tarde sua população sofreu novamente influencia
externa pela chegada gradual de estrangeiros, atraídos pela prosperidade
comercial da cidade.
PÁRTENON: Erguido em Homenagem à Deusa Atena
Até cerca
do século VIII a.C. a região não constituía uma unidade política, sendo
dividida em pequenas comunidades. A união destas comunidades é associada à
figura mitológica de Teseu. A colina conhecida como
Acrópole passou então a ser a capital do novo estado.
Na origem lendária, a
região da Ática era disputada entre Poseidon e Atena. Os deuses dariam a região aquele que desse
aos habitantes o presente mais útil. Poseidon deu então o cavalo, e Atena o suplantou criando a oliveira. A cidade ganhou então seu nome
do nome desta deusa. Essa disputa entre os deuses parece estar ligada a uma
mudança na população dominante da região em algum momento da sua história
antiga.[1]
A
religião
Possuía
duas características principais: era politeísta (cultuavam vários deuses) e
antropomórfica (os deuses tinham forma e comportamento semelhantes aos homens).
Os deuses da Grécia eram imortais, sendo essa a principal qualidade que os
tornava diferentes dos homens. Além de deuses os gregos cultuavam os heróis ou
semideuses. Os heróis era filhos de um deus com uma mortal ou de um mortal com
uma deusa e distinguiam-se por incríveis aventuras e brilhantes façanhas. O
herói grego mais famoso é HÉRCULES.
Tanto
os gregos como os romanos cultuavam os mesmos deuses, só que alguns com nomes
diferentes, por exemplo, os nomes dos planetas são os nomes romanos para os
deuses gregos.
A
mitologia grega
O
mito é um fenômeno cultural complexo com inúmeros pontos para debates. Em
geral, mito é uma narrativa que descreve e retrata, em linguagem simbólica, a
origem dos elementos básicos e suposições de uma cultura. As narrativas
mitológicas surgem no decorrer da história como forma de explicar a existência
humana e os fenômenos sobrenaturais, conta à vida e as proezas de deuses e
heróis ou ainda justificar as instruções sociais ou políticas. Algumas narrativas têm como objetiva relatar
como o mundo começou, como os animais e o homem foram criados, e como certos
costumes, atitudes ou formas de atividades humanas se originaram. O verdadeiro
objetivo do mito, contudo, não são os deuses nem os ancestrais, mas a
apresentação de um conjunto de ocorrências fabulosas com que se procura dar
sentido ao mundo. O mito aparece e funciona como mediação simbólica entre o
sagrado e o profano, condição necessária à ordem do mundo e às relações entre
os seres.
Os deuses do
Olimpo
Nos
primórdios da história da história, houve muitos deuses locais.Cada deus
matinha um vínculo com lugar sagrado.Podia ser um recanto misterioso de uma
floresta ou um lago tranqüilo.Aos poucos doze deuses tomarem os mais
importantes, sobressaindo-se aos demais.No ano 750 a.C, Hesíodo escreveu a
história desses doze deuses do Monte Olimpo. Cada deus tinha seu símbolo e suas
tarefas mitológicas bem definidas.
Zeus
- o sábio, governava os deuses no Olimpo e protegia a
Grécia.
Hera
- terceira mulher de Zeus.Protegia as mulheres e as
mães.
Atena
- era a deusa da sabedoria.
Apolo
- era o deus da luz, saúde e da morte repentina.
Ártemis
- irmã gêmea de Apolo, era deusa da luz.
Hermes
- era o mensageiro dos deuses.
Ares
- era odiado pelos deuses, era o deus da guerra.
Hefesto
- era o ferreiro aleijado dos deuses.
Afrodite
– a mais bela das deusas, deusa do amor.
Posêidon
– deus dos mares.
Héstia
– era a tranqüila deusa do fogo.
Deméter
– era a deusa da fertilidade da terra.
O
Minotauro
O
minotauro era o “bichinho” de estimação do rei Minos. Ele era muito feio e
feroz. Um monstro com cabeça de touro e corpo de gigante.Por ordem do rei, o
Minotauro vivia escondido dos habitantes de Creta em um labirinto.Só mesmo um
grande herói, como Teseu, seria capaz de
enfrentar o monstro. No labirinto de
Creta vivia o Minotauro, que vivia escondido dos homens por ordem do rei Minos.
Segundo a mitologia, Uma vez a cada nove anos, chegava a Creta um navio de
Atenas, com sete rapazes e sete moças, que eram devorados pelo Minotauro. Os atenienses eram obrigados a mandar seus filhos
pra o sacrifício, por causa de uma guerra antiga entre Atenas Creta.
Na
terceira vez que isto estava para acontecer, Teseu, o grande herói de Atenas,
declarou que dessa feita ele queria ser um dos sete rapazes. Teseu estava certo
de que ia matar o Minotauro.
Chegando
a Creta, Teseu e
seus companheiros apresentaram-se ao rei Minos.
A
filha do rei, Ariadne, se apaixonou por Teseu à primeira vista. Ela lhe deu uma
espada e um fio de linha. A espada é óbvio! Era para matar o Minotauro. E
o fio de linha? “Amarre uma ponta do fio na cintura e a outra na entrada do
labirinto”, explicou Ariadne a Teseu. “Para sair do labirinto, basta caminhar
de volta seguindo o fio”. Teseu deu de
cara com o Minotauro numa das voltas do labirinto. Sentiu muito medo, porque o
Minotauro tinha o dobro do tamanho dele e era o bicho mais feio da Terra. Mas
nestas horas um herói não pensa nada: ataca seja o bicho feio que for. Com a
espada de Ariadne, Teseu matou o Minotauro.
De
um labirinto daqueles, era quase impossível sair, mas não para quem tem um fio
de linha.
Teseu e Ariadne partiram juntos no navio de volta a Atenas e teriam sido felizes para sempre não fosse o deus Dioniso, que apareceu no meio do caminho e ameaçou Teseu com mil horrores se não lhe entregasse Ariadne. Teseu tinha força e coragem bastante para enfrentar um Minotauro, mas um deus também já era demais!
Teseu e Ariadne partiram juntos no navio de volta a Atenas e teriam sido felizes para sempre não fosse o deus Dioniso, que apareceu no meio do caminho e ameaçou Teseu com mil horrores se não lhe entregasse Ariadne. Teseu tinha força e coragem bastante para enfrentar um Minotauro, mas um deus também já era demais!
OS
JOGOS OLÍMPICOS
De
quatro em quatro anos, os gregos das mais diversas cidades-estado reuniam-se na
cidade de Olímpia, para a realização de várias competições esportivas. Os jogos
Olímpicos eram realizados em honra a Zeus (um dos mais importantes deuses
gregos) e incluíam provas de diversas modalidades esportivas: corridas, saltos,
arremessos, lutas corporais... Os gregos atribuíam tamanha importância aos
jogos que chegavam a interromper guerras entre cidades (trégua sagrada), para
não prejudicar a realização dos jogos. Todos os atletas que participavam das
competições eram considerados invioláveis como pessoa.O prêmio para os
vencedores era uma simples coroa, feita com ramos de oliveira.
LEMBRETES:
ESPARTA
Esparta surgiu
por volta do século IX (a.C.), na fértil região da Lacônia, próximo ao litoral
do mar Egeu. Em Esparta, diferentemente das outras cidades gregas, não houve
transformações políticas, econômicas, sociais e culturais. Isso se deve, em
parte, ao seu isolamento.
Organização Política
As instituições sociopolíticas espartanas foram atribuídas a um legislador lendário, Licurgo, que teria recebido as instruções do deus Apolo. A organização do Estado Espartano era assim constituída:
a) Dois Reis (Basileus): um era o chefe militar; o outro, religioso.
b) Senado (Gerúsia): o conselho dos anciãos.
c) Assembléia do Povo (Ápela): caráter deliberativo.
d) Eforado: cinco anciãos escolhidos na Gerúsia para governar.
Organização Social
A população de Esparta dividia-se em três classes principais:
a) A camada dominante era constituída dos esparciatas ou descendentes dos primeiros conquistadores; somente eles tinham direitos políticos.
b) Em segundo, vinham os periecos (que moravam em redor da cidade) e tinham permissão de comercializar e dedicar-se à manufatura, mas não tinham direitos políticos.
c) Os hilotas, parte da população submetida a um trabalho compulsório e a um tratamento, muitas vezes, vergonhoso.
Disciplina Militar
Os cidadãos espartanos eram condenados a uma existência de privações: na maior parte de suas vidas, estavam submetidos ao serviço militar.
A educação masculina era dedicada ao serviço militar, que começava aos sete anos, quando os homens eram submetidos a açoite, a fim de enrijecê-los para os deveres da guerra. Entre os vinte e os sessenta anos, os homens estavam a serviço do Estado, que regulava minuciosamente a vida de seus cidadãos: além da educação dos jovens, preocupava-se com o casamento, obrigatório para os celibatários (lei Atímica).
As mulheres espartanas eram preparadas fisicamente para se tornar mães de espartanos sadios. Praticavam ginástica e participavam de jogos esportivos. Gozavam de maior liberdade que as demais mulheres do mundo grego, o que se explica pela freqüente ausência do homem e pela necessidade de administrar o patrimônio familiar.
Organização Econômica
A organização econômica de Esparta visava garantir a eficiência militar e a supremacia dos esparciatas. As melhores terras (também os hilotas que trabalhavam e sustentavam toda a sociedade) eram propriedades do Estado.
Política Externa
Com relação à política externa, no fim do século VI a.C., Esparta dominou quase todo o Peloponeso, formando, juntamente com Corinto, Mégara, Égina e outras, a Liga do Peloponeso. Essa aliança militar, da qual não participava Argos, sua arqui-rival, transformou-se em um instrumento de dominação espartana.
Organização Política
As instituições sociopolíticas espartanas foram atribuídas a um legislador lendário, Licurgo, que teria recebido as instruções do deus Apolo. A organização do Estado Espartano era assim constituída:
a) Dois Reis (Basileus): um era o chefe militar; o outro, religioso.
b) Senado (Gerúsia): o conselho dos anciãos.
c) Assembléia do Povo (Ápela): caráter deliberativo.
d) Eforado: cinco anciãos escolhidos na Gerúsia para governar.
Organização Social
A população de Esparta dividia-se em três classes principais:
a) A camada dominante era constituída dos esparciatas ou descendentes dos primeiros conquistadores; somente eles tinham direitos políticos.
b) Em segundo, vinham os periecos (que moravam em redor da cidade) e tinham permissão de comercializar e dedicar-se à manufatura, mas não tinham direitos políticos.
c) Os hilotas, parte da população submetida a um trabalho compulsório e a um tratamento, muitas vezes, vergonhoso.
Disciplina Militar
Os cidadãos espartanos eram condenados a uma existência de privações: na maior parte de suas vidas, estavam submetidos ao serviço militar.
A educação masculina era dedicada ao serviço militar, que começava aos sete anos, quando os homens eram submetidos a açoite, a fim de enrijecê-los para os deveres da guerra. Entre os vinte e os sessenta anos, os homens estavam a serviço do Estado, que regulava minuciosamente a vida de seus cidadãos: além da educação dos jovens, preocupava-se com o casamento, obrigatório para os celibatários (lei Atímica).
As mulheres espartanas eram preparadas fisicamente para se tornar mães de espartanos sadios. Praticavam ginástica e participavam de jogos esportivos. Gozavam de maior liberdade que as demais mulheres do mundo grego, o que se explica pela freqüente ausência do homem e pela necessidade de administrar o patrimônio familiar.
Organização Econômica
A organização econômica de Esparta visava garantir a eficiência militar e a supremacia dos esparciatas. As melhores terras (também os hilotas que trabalhavam e sustentavam toda a sociedade) eram propriedades do Estado.
Política Externa
Com relação à política externa, no fim do século VI a.C., Esparta dominou quase todo o Peloponeso, formando, juntamente com Corinto, Mégara, Égina e outras, a Liga do Peloponeso. Essa aliança militar, da qual não participava Argos, sua arqui-rival, transformou-se em um instrumento de dominação espartana.
COSTUMES DOS
SOLDADOS ESPARTANOS
Eugenia: sacrifício de crianças deficientes.
Kriptia: matança de hilotas.
Xenofobia: aversão à idéias estrangeiras.
Laconismo: hábito de falar pouco.
CIDADES-ESTADOS GREGAS*
PÓLIS:
centro político –militar –religioso, autônomas e independentes.
*
Autonomia administrativa, o que caracterizava a
fragmentação política da Grécia.
LEMBRETES:
ATENAS
Atenas na
antiguidade era uma sociedade não militarista, em oposição a Esparta e se
destacava das outras cidades gregas por ter adotado a democracia. Foi fundada
no século VIII a.C.na região da Ática.
Durante as Guerras Médicas Atenas comandou o exército Grego
através da chamada Confederação de Delos.
- Eupátridas: Cidadãos, tinham direitos políticos e participavam da democracia e da vida pública. Tinham pai e mãe ateniense e ertam maiores de 21 anos de idade (alta aristocracia, com direito a cidadania, que foi progressivamente abrangendo os menos ricos);
OBSERVAÇÂO: Raramente a cidadania era
concedida a pessoas de outras cidades
- Metecos Viviam na cidade, mais não tinham nascido na polis Atenas. Não tinham direitos políticos e eram proibidos de comprarem terras, podiam trabalhar no artesanato e comércio. Geralmente pagavam impostos para viverem na cidade, e em algumas épocas podiam ser convocados para o serviço militar (pequenos comerciantes, sem direitos de cidadão);
- Escravos (prisioneiros de guerra e condenados por algum crime; Nascidos nas famílias escravas, comercializados como escravos por estrangeiros no mercado grego; eram também considerados escravos os que pagavam dívidas, até que essa modalidade de escravidão por dívida foi proibida na Grécia antiga.
OBSERVAÇÂO: No final do século IV a.C., eram aproximadamente
400 mil escravos em Atenas. Os escravos urbanos atenienses, estavam geralmente
protegidos por lei contra abusos ou brutalidades de seus donos. Se um escravo
denunciasse o seu dono por maus tratos, este estava sujeito a vende-lo ou a
entrega-lo para a justiça de Atenas.
Apesar de os
antigos habitantes de Atenas se considerarem Autóctones, eles
na verdade resultam de uma lenta mistura de populações pré-helênicas realmente
autóctones com populações helênicas, vindas principalmente da Iônia, sem
histórico de conflitos ou conquistas violentas.
Sua posição
geográfica deixou Atenas fora das correntes invasoras dóricas. Mais tarde sua
população sofreu novamente influencia externa pela chegada gradual de
estrangeiros, atraídos pela prosperidade comercial da cidade.
PÁRTENON: Erguido em Homenagem à Deusa Atena
Até cerca do século VIII a.C. a região não
constituía uma unidade política, sendo dividida em pequenas comunidades. A
união destas comunidades é associada à figura mitológica de Teseu. A
colina conhecida como Acrópole passou então a
ser a capital do novo estado.
Na origem
lendária, a região da Ática era disputada entre Poseidon e Atena. Os deuses dariam
a região aquele que desse aos habitantes o presente mais útil. Poseidon deu então o cavalo, e Atena o suplantou criando a oliveira. A
cidade ganhou então seu nome do nome desta deusa. Essa disputa entre os deuses
parece estar ligada a uma mudança na população dominante da região em algum
momento da sua história antiga.[1]
ESPAÇO PARA AS
ANOTAÇÕES:
EEEMP - CAIC – ESCOLA IR. ALBERTINA LEITÃO
|
Grade de
Avaliação
|
||||||||||
PROFESSOR: T É R C I
O C R I S Ó T O M O – História é um abraço !
|
Teste
|
5,0
|
|
||||||||
ALUNO(A):
Nº
|
ATIVIDADE-PESQUISA
|
1,0
|
|
||||||||
1ª FASE:
|
|
|
|
Data:
_ / 05/ 2012
|
Exercícios
|
1,0
|
|
||||
Acesse suas notas no http://abrahistoria.blogspot.com
|
Teste
Eletrônico
|
3,0
|
|
||||||||
1ª AVALIAÇÃO
DE HISTÓRIA
|
Nota
|
10,0
|
|
||||||||
1. As
cidades-Estados, base da organização política que caracterizou o povo grego,
a) mantinham política comum.
b) eram politicamente autônomas.
c) possuíam princípios religiosos
antagônicos.
d) possuíam uma organização
econômica solidária.
e) estavam
unidas na política de organização do Mediterrâneo.
2. Na Grécia
antiga, a cada quatro anos declarava-se uma trégua nas guerras, a fim de que a
população pudesse participar dos jogos de Olímpia, competição que originou os
modernos Jogos Olímpicos, e que eram realizados em honra de:
a) Palas Atena;
b) Zeus;
c) Deuses de cada cidade;
d) Dionísio e Afrodite;
e) Héstia.
3. A Guerra do Peloponeso (431 a.C.- 404
a.C.), que teve importância fundamental na evolução histórica da Grécia antiga,
resultou, entre outros fatores, de
a) um confronto econômico entre
as cidades que formavam a Confederação de Delos.
b) um esforço da Pérsia para
acabar com a influência grega na Ásia Menor.
c) um conflito entre duas
ideologias: Esparta, oligárquica, e Atenas, democrática.
d) uma manobra de Esparta para
aumentar a sua hegemonia marítima no mar Egeu.
e) uma tentativa
de Atenas para fracionar a Grécia em diversas cidades-estado.
4. São fontes
indispensáveis para o conhecimento dos primeiros tempos daquilo que viria a se
constituir na civilização grega os poemas "Ilíada" e
"Odisséia", atribuídos a Homero. Seus versos tratam, sobretudo, de
episódios e conseqüências relacionadas com a seguinte alternativa:
a) o domínio do fogo ofertado aos
homens por Prometeu;
b) a longa guerra contra a cidade
de Tróia;
c) a implantação da democracia em
Atenas;
d) os combates e batalhas da Guerra
do Peloponeso;
e) a conquista
da Grécia pelas tropas romanas.
5. A civilização
grega atingiu extraordinário desenvolvimento. Os ideais gregos de liberdade e a
crença na capacidade criadora do homem têm permanente significado. Acerca do
imenso e diversificado legado cultural grego, é correto afirmar que:
A) a importância
dos jogos olímpicos limitava-se aos esportes.
B) a democracia
espartana era representativa.
C) a escultura
helênica, embora desligada da religião, valorizava o corpo humano.
D) os atenienses
valorizavam o ócio e desprezavam os negócios.
E) poemas, com
narrações sobre aventuras épicas, são importantes para a compreensão do período
homérico. Entre esses poemas os mais conhecidos são ILIADA e ODISSÉIA.
Por favor.
Preencha corretamente a tabela
PREENCHA
CORRETAMENTE A TABELA
01
|
02
|
03
|
04
|
05
|
|
|
|
|
|
II PARTE
1. O historiador ateniense Tucídides, que viveu
durante a Guerra do Peloponeso, escreveu sobre os gregos:
"...
antes da Guerra de Tróia, [os habitantes da] Hélade nada [realizaram] em comum.
Este nome mesmo não era empregado para designá-la no seu conjunto. [...] O que
fica bem comprovado [nos livros de] Homero: ele que viveu numa época bem
posterior à Guerra de Tróia, não utilizou a designação [de helenos] para o conjunto
[dos gregos]. [...] Essa expedição mesma os reuniu apenas num momento, naquele
em que a navegação marítima encontrava-se mais desenvolvida".
Baseando-se no
texto, responda.
a) DIFERENCIE
ESPARTA DE ATENAS
b) Por que,
apesar da situação política expressa por Tucídides, pode-se falar de uma antiga
civilização grega?
c) O que
foi a liga de Delos e o que foi a Liga
do Peloponesso.
d) Quem
venceu a guerra do Peloponesso.
2. . Em troca recebem de nossa parte do mundo o
azeite de oliva excedente e todos os tipos de vinho. Quanto ao cereal há
intercâmbio; elas nos vendem algum ocasionalmente e às vezes importam-no de
nós.
a) Aponte dois
aspectos da economia grega na época E DESTAQUE : Como era dividida a sociedade
em Esparta e Atenas.
b) Em esparta
como um Espartanos se tornava um soldado do Exercito de Esparta ?
c) Qual o papel
social das mulheres na Grécia ? entre as mulheres de Atenas e Esparta quais
eram as mais autônomas ? Por quais motivos
d) Como uma
pessoa podia se tornar um escravo na Grécia Antiga ? A cor da pele (negra) era
determinante ?
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