1ª FASE - GRÉCIA ANTIGA E AVALIAÇÃO



2012
    
    
ALUNO(a)__________________

 
HISTÓRIA CLÁSSICA
GRÉCIA ANTIGA

 


     EDUCADOR:   TÉRCIO CRISOTOMO
GRÉCIA ANTIGA


http:// abrahistoria.blogspot.com
e-mail da turma: atividadeshistoricas@yahoo.com.br

CONTEUDO PROGRAMÁTICO DA   1ª FASE     DO  E N S I N O    M É D I O/INTEGRADO/PROEJA
1ª AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA DESTA 1ª FASE
O QUE VAMOS ESTUDAR NESSA FASE ?
 A diversidade das relações de trabalho na Antigüidade Clássica.
a) O Hilotismo espartano: condições de vida e trabalho de hilotas e periecos.
b) A escravidão e o trabalho livre em Atenas.
c) A escravidão e o trabalho livre em Roma.
d) trabalho e cidadania.
AS APENAS NOS DÃO UMA AMOSTRA DA COMPARAÇÕES AQUI DESENVOLVIDAS RIQUEZA DOS COSTUMES, TRADIÇÕES E HISTÓRIAS QUE ENVOLVERAM AS CIDADES-ESTADO DO MUNDO GREGO.
A organização do Estado na Antigüidade Clássica.
a) As cidades-estados: Atenas, Esparta e Roma.
b) A organização política nas Polis grega e romana: Da República ao Regime Imperial.
c) As reformas em Atenas: De Sólon a Péricles.
d) Democracia e cidadania no mundo clássico.
e) Lutas sociais e cidadania em Atenas, Esparta e Roma.
f) As resistências ao hilotismo e às diversas formas de escravidão em Atenas e em Roma,
3.Religião e religiosidade na Antiguidade clássica.
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ATENAS E ESPARTA
A comparação entre as cidades-Estado de Esparta e Atenas nos oferece um quadro de contrastes muito interessante, dessa forma, podemos entender a diversidade cultural encontrada dentro desse território. As formas de concepção do mundo, os papéis desempenhados pelos sujeitos sociais, as instituições políticas, valores e tradições desses dois povos são de grande utilidade para que possamos, assim, apagar a impressão de que existe um povo grego marcado pela mesma cultura
 Mitologia, Ritos e crenças na Grécia e Roma Antiga.
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Ao estudarmos a Grécia Antiga, temos uma falsa impressão sobre a organização dessa civilização clássica. Em geral, os livros didáticos falam repetidamente sobre as características da Grécia como se tratasse de um povo dotado de características comuns. No entanto, ao conhecermos sua organização política descentralizada, acabamos tendo fortes indícios de que, dentro do “mundo grego”, existiam povos com diferentes costumes e tradições.
No que diz respeito às instituições políticas, Atenas conta com uma trajetória onde depois da adoção dos regimes monárquico e aristocrático, criou-se uma forma de governo democrática. Mesmo sendo considerado um “governo do povo”, aqueles que participavam da democracia ateniense correspondiam a menos de 20% da população. Já em Esparta, as questões políticas eram de obrigação de um conjunto de 28 homens, maiores de 60 anos, que formavam a Gerúsia. Além disso, existiam dois reis, que formavam a chamada Diarquia. As funções desses reis eram ligadas às questões religiosas e militares.
O papel desempenhado por homens e mulheres na sociedade ateniense e espartana, também tinha suas especificidades. Em Esparta, as mulheres recebiam uma rigorosa educação física e psicológica. Além disso, elas participavam das reuniões públicas, disputavam competições esportivas e administravam o patrimônio familiar. Em contrapartida, a cultura ateniense restringia suas mulheres ao mundo doméstico. A docilidade e a submissão ao pai e ao marido eram valores repassados às mulheres atenienses.
A questão educacional nas duas cidades também apresentava diferenças entre si. As instituições atenienses se preocupavam em desenvolver um equilíbrio entre mente e corpo. Dessa forma, a educação buscava conciliar a saúde física e o debate filosófico. Já em Esparta, dada sua intensa tradição militarista, privilegiava-se o treinamento do corpo. Os jovens espartanos aprendiam a escrever aquilo que era estritamente necessário. Dessa forma, o cidadão espartano deveria ser forte e resistente, um indivíduo apto para as batalhas militares.
Com toda certeza, não poderíamos julgar quais dessas duas diferentes culturas do mundo clássico foi mais “desenvolvida” ou “sofisticada”. Nem mesmo poderíamos concluir que os atenienses eram simples antíteses dos espartanos. As diferenças entre as experiências vividas por Atenas e Esparta podem nos explicar tantos contrastes. Dessa forma, as comparações aqui desenvolvidas apenas nos dão uma amostra da riqueza dos costumes, tradições e histórias que envolveram as cidades-Estado do Mundo Grego.


ESPARTA
A cidade-estado de Esparta, situada nas beiras do rio Eurotas, na região do Peloponeso, na Grécia, foi um dos fenômenos mais fascinantes da história em todos os tempos, tão fascinante que até seus vizinhos e rivais, os atenienses , dedicaram-lhe longos estudos sobre os usos, costumes e instituições lá vigentes. Aliás é graças a eles, aos filósofos, a historiadores e pedagogos atenienses: a Platão, a Xenofonte, a Aristóteles, a Isócrates e a Plutarco, que sabemos como os espartanos viveram. Simplesmente afirmamos que Esparta foi uma escola de guerreiros.


PRINCIPAIS PERÍODOS DA GRÉCIA ANTIGA
  HOMÉRICO (XV a VIII a.C.): Comunidades gentílicas.
  ARCAICO (VIII a VI a.C.): Cidades-estados
  CLÁSSICO (VI a IV a.C.): auge da democracia grega
  HELENÍSTICO (IV a I a.C.): expansão da cultura grega após a dominação macedônica
HOMERO: ILÍADA E A ODISSÉIA
  Homero: Poeta grego que escreveu as obras Ilíada e Odisséia
  Ilíada: narra a Guerra de Tróia
  Odisséia: narra as aventuras de Ulisses em seu retorno para Ìtaca, sua terra natal.
ESPARTA: Uma  cidade de bravos guerreiros
Esparta surgiu por volta do século IX (a.C.), na fértil região da Lacônia, próximo ao litoral do mar Egeu. Em Esparta, diferentemente das outras cidades gregas, não houve transformações políticas, econômicas, sociais e culturais. Isso se deve, em parte, ao seu isolamento.
  Organização Política de Esparta:
As instituições sociopolíticas espartanas foram atribuídas a um legislador lendário, Licurgo, que teria recebido as instruções do deus Apolo. A organização do Estado Espartano era assim constituída:
  a) Dois Reis (Basileus): um era o chefe militar; o outro, religioso.
  b) Senado (Gerúsia): o conselho dos anciãos.
  c) Assembléia do Povo (Ápela): caráter deliberativo.
  d) Eforado: cinco anciãos escolhidos na Gerúsia para governar.
Organização Social
A população de Esparta dividia-se em três classes principais:
a) A camada dominante era constituída dos ESPARCIATAS ou descendentes dos primeiros conquistadores; somente eles tinham direitos políticos.
    b) Em segundo, vinham os PERIECOS (que moravam em redor da cidade) e tinham permissão de comercializar e dedicar-se à manufatura, mas não tinham direitos políticos.
c) Os HILOTAS, parte da população submetida a um trabalho compulsório e a um tratamento, muitas vezes, vergonhoso.
Disciplina Militar
Os cidadãos espartanos eram condenados a uma existência de privações: na maior parte de suas vidas, estavam submetidos ao serviço militar. A educação masculina era dedicada ao serviço militar, que começava aos sete anos, quando os homens eram submetidos a açoite, a fim de enrijecê-los para os deveres da guerra. Entre os vinte e os sessenta anos, os homens estavam a serviço do Estado, que regulava minuciosamente a vida de seus cidadãos: além da educação dos jovens, preocupava-se com o casamento, obrigatório para os celibatários (lei Atímica).
As mulheres espartanas eram preparadas fisicamente para se tornar mães de espartanos sadios. Praticavam ginástica e participavam de jogos esportivos. Gozavam de maior liberdade que as demais mulheres do mundo grego, o que se explica pela freqüente ausência do homem e pela necessidade de administrar o patrimônio familiar.
  Organização Econômica
A organização econômica de Esparta visava garantir a eficiência militar e a supremacia dos esparciatas. As melhores terras (também os hilotas que trabalhavam e sustentavam toda a sociedade) eram propriedades do Estado.
  Política Externa
Com relação à política externa, no fim do século VI a.C., Esparta dominou quase todo o Peloponeso, formando, juntamente com Corinto, Mégara, Égina e outras, a Liga do Peloponeso. Essa aliança militar, da qual não participava Argos, sua arqui-rival, transformou-se em um instrumento de dominação espartana.
RECAPITULANDO
A SOCIEDADE ESPARTANA
  Espartanos: grandes proprietários, detentores do poder político.
  Periecos: Homens livres, porém sem direito de cidadania.
  Hilotas: Estavam a serviço do Estado, sendo-lhe vetado o direito a liberdade, eram os servos do estado espartano.
Texto  1
As flechas do inimigo serão tão numerosas que irão tapar a luz do Sol
Quem nunca ouviu a célebre frase de Leónidas em resposta a um espartano, a quando da Batalha das Termópilas, que proferiu a seguinte frase; “As flechas do inimigo serão tão numerosas que irão tapar a luz do Sol” ?. Leónidas respondeu serenamente; Tanto melhor, combateremos à sombra!”.
Rei e General de Esparta, Leónidas é famoso pela heróica actuação na Batalha das Termópilas, contra os exercitos de Xerxes, rei da Pérsia. A época em que a invasão persa se deu não era em nada favorável aos gregos.
Esparta festejava a Carnéia e no resto da Grécia preparavam-se as Olimpíadas, sendo que ambos os eventos, por tradição, proibiam combates. Leónidas viu-se num grave dilema entre infringir a lei e executar a tão necessária defesa. Por fim, partiu de Esparta com 300 hoplitas, juntando-se a eles pelo caminho outros homens de aldeias vizinhas e aliadas, totalizando algo próximo de 7 mil soldados. 
No Desfiladeiro das Termópilas as tropas de Leónidas confrontaram os mais de 200 mil persas, que de início foram rechaçados pelos Gregos. Todavia, devido à traição de Efialtes, um miserável pastor, que subornado por Xerxes guiou os persas por um caminho que contornava as Termópilas, permitindo-lhes abrir nova frente de combate. Sabendo da traição, Leónidas dispensou os aliados, mas permaneceu com os seus 300 espartanos, e aos que ficaram voluntariamente disse: fiquem aqui comigo, e esta noite jantamos no inferno, pois a lei espartana não permite retiradas, ou seja, somente se regressa a casa vitorioso ou morto sobre o escudo. 
Durante os três dias anteiores os gregos quase sem baixas, eliminaram 20 mil persas, mas depois da traição de Efialtes acabaram cercados pelo exército de Xerxes.  Antes do embate final, Xerxes ordenou a Leónidas: Entreguem as vossas armas!, ao que o Rei de Esparta respondeu apenas: Venham buscá-las, ultimas palavras do rei antes de suas tropas serem atingidas por uma chuva de flechas e massacradas por todos os lados pelo exército persa. A cabeça de Leónidas foi empalada e seu corpo crucificado. A vingança grega viria algum tempo depois.
A estratégia de Leónidas é lembrada até hoje pela sua simplicidade e brilhantismo. Conhecendo melhor a sua terra do que os invasores estrangeiros, Leónidas aproveitou o terreno para anular a colossal desvantagem numérica e conseguir uma chance considerável de vitória, provando como muitas outras vezes ocorreram na história, que números não vencem batalhas, estratégias vencem batalhas.
Hoje existe um monumento nas Termópilas em homenagem a Leónidas sob o qual está escrita a frase Molon Labe (“Venham buscá-las”), bem como aos 300 espartanos que o acompanharam na batalha e na morte com a frase: “Estrangeiro, vai contar aos espartanos que aqui jazemos, por obediência às suas leis.
COSTUMES DOS SOLDADOS ESPARTANOS
  Eugenia: sacrifício de crianças deficientes.
  Kriptia: matança de hilotas.
  Xenofobia: aversão à idéias estrangeiras.
  Laconismo: hábito de falar pouco.
  CIDADES-ESTADOS GREGAS*
PÓLIS: centro político –militar –religioso, autônomas e independentes.
 * Autonomia administrativa, o que caracterizava a fragmentação política da Grécia.
AS MULHERES ESPARTANAS
As mulheres espartanas eram mais dominantes na sociedade do que as suas semelhantes em Atenas.
1,As moças espartanas recebiam boa educação em arte e atletismo.
2. As mulheres espartanas eram encorajadas a desenvolver o seu intelecto.
3. As mulheres espartanas eram donas e mais de um terço da terra.
4. Havia menos diferença de idade entre maridos e esposas, e as raparigas espartanas casavam-se com uma idade mais avançada do que as atenienses.
5. Os maridos passavam parte do tempo com outros homens em alojamentos militares e, uma vez que os homens raramente estavam em casa, as mulheres eram livres para se encarregar de quase tudo o que existia fora do exército.
6. As mães criavam os filhos até à idade de 7 anos, momento em que a sociedade se encarregava deles. Os pais desempenhavam pouco ou nenhum papel na criação dos filhos.”
A MULHER ESPARTANA: Era educada para servir a Pátria gerando filhos saudáveis para o Estado.
  Fazia exercícios físicos.
  Na ausência do marido, assumia o lar.
REFLEXÃO:
GORGO, A ESPOSA DE LEÓNIDAS
Gorgo, foi uma rainha de Esparta. Filha de Kleomenes e esposa de Leónidas, que morreu na batalha das Termópilas. Ela é mais conhecida mulher de Esparta uma vez que é numerosas vezes citada por Heródoto. O seu papel na História é único, sendo vista num papel ativo na arena política espartana. Enquanto criança (oito ou nove anos), ela recomendou a seu pai não confiar em Aristágoras:
“Pai, é melhor você partir, ou o estrangeiro irá corrompê-lo” (Heródoto).   Kleomenes, seu pai seguiu o seu conselho.
Plutarco incluiu-a também na sua seção de provérbios de mulheres espartanas. Aqui ficam alguns: “Quando questionado por uma mulher da Ática porque eram as mulheres espartanas as únicas que podiam governar os homens, respondeu: porque nós somos também as únicas que fazemos nascer homens.”
“Na partida do seu marido Leónidas para as Termópilas, enquanto o incitava a se mostrar digno de Esparta, perguntou o que devia fazer. Leónidas respondeu: casa com um homem bom e traz ao mundo crianças sãs.”
RITUAL ESPARTANO:
Guerra e espetáculos sangrentos
Mesmo para os turistas do império Romano, gente viajada e mais do que habituada a espectáculos sangrentos, tratava-se de uma atração especial.
O êxito era de tal ordem que, por volta do ano 200 da nossa era, foi autorizada a construção de um anfiteatro em volta do templo, para os visitantes poderem acompanhar melhor todos os pormenores do ritual.
Lá em baixo, um adolescente nu tentava apanhar um queijo colocado no altar da deusa Artémis, enquanto um sacerdote o chicoteava sem dó nem piedade, fazendo espirrar sangue sobre o altar. O jovem que aguentasse mais tempo era saudado como um campeão, quando tinha a sorte de sobreviver à cerimónia.
Provavelmente os estrangeiros abandonavam o anfiteatro satisfeitos, pois tinham testemunhado um legítimo costume da lendária cidade-estado de Esparta.
Para muita gente, a imagem de um adolescente torturado resume na perfeição o significado de Esparta para a História. Na escola, aprendemos que, entre as cidades gregas de há 2500 anos, Atenas foi o berço da democracia e da liberdade de pensar e criar que tanto valorizamos, enquanto os espartanos viviam sob um regime totalitário cuja única preocupação era a guerra, e submetiam os jovens ao treino militar mais desumano do planeta. 
Desse ponto de vista, passar de superpotência grega a parque temático sado masoquista teria sido o destino mais do que merecido. Porém. tal como a visão dourada de Atenas, a imagem dos espartanos não passa de uma grosseira simplificação. Sem a liderança dos espartanos, a Grécia (e, provavelmente, boa parte da Europa) ter-se-ia tornado uma mera província do Império Persa, com conseqüências imprevisíveis para o mundo de hoje. 
Em quatro grandes batalhas contra os persas, os espartanos ajudaram a proteger o que será a origem do mundo ocidental. Por mais estranho que pareça, a verdade é que Esparta esteve entre as primeiras cidades gregas a criar um governo constitucional, todos os seus cidadãos era iguais perante a lei e os seus exércitos foram vistos como libertadores, face à ambição de Atenas. Por isso, vale à pena tentar ver melhor através das brumas que cercam a cidade mais controversa da Grécia.
Ao contrário de outros hoplitas, como por exemplo os Atenienses, os Espartanos seguiam um treino militar durante toda a sua vida, sendo assim verdadeiros soldados de ofício. O Hoplita Espartano enverga todo o seu vestuário de combate. O capacete de bronze, de tipo corintio, é decorado de uma crista. A couraça de linho branco colocada sobre a tuníca substituiu a pesada couraça de bronze.
‘É composta por várias camadas de tecidos colados uns aos outros. A parte inferior é recortada faixas para facilitar os movimentos e o abdómen é reforçado por placas metálicas. As caneleiras eram igualmente em bronze.
O Hoplita Espartano é armado com uma lança e espada e o seu escudo gravado com o símbolo de Esparta é banhado a bronze na sua face externa. A capa termina este uniforme, o soldado está pronto para o combate.
A barba era frequente na Grécia antes da época Alexandre (336 a 323 antes de J.C.), e os cabelos longos eram o sinal distintivo do Espartano adulto.
O CENÁRIO HISTÓRICO
“Todo o sistema da legislação dos lacedemônios visa uma parte das qualidades do homem – o valor militar, por este ser útil nas conquistas; consequentemente a força dos lacedemônios foi preservada enquanto eles tiveram em guerra , mas começou a declinar quando eles construíram um império, porque não sabiam como viver em paz, e não foram preparados para qualquer forma de atividade mais importante para eles do que a militar.”Aristóteles “Política”, 1271 b 
Esparta, por força das circunstâncias da ocupação dória, de quem descendiam seus habitantes, petrificou-se no tempo. A sua estrutura social e seu rígido militarismo pouco mudaram ao longo dos cinco séculos de história. Era uma sociedade que, desde que adotou as leis de Licurgo, quase nada conheceu do que pode se chamar de evolução de um regime político.
A razão disso foi que os espartanos, desde os começos quando chegaram à Lacedemônia como povo invasor, tiveram que enfrentar uma população hostil que os superava varias vezes em número e que rebelava-se contra eles a mínima hesitação. Para afirmar-se nela como conquistadores e dominá-la, tiveram que sacrificar-se integralmente àquele tipo de vida.
Desta maneira tornaram-se fóbicos à mudanças e à novidades. Como já se disse no passado e foi lembrado mais recentemente por Arnold Toynbee, “os espartanos tornaram-se escravos dos seus escravos”.

(Venham Buscá-las!) Resposta de Leónidas ao Rei Persa, quando este exigiu que os Espartanos entregassem as armas, nas Termópilas.
Em 480 a.C. um exército Persa de aproximadamente 250 000 homens entrou na Grécia com o objectivo de a conquistar e de modo a que os Persas Aqueménidas aumentassem o seu território. A Grécia, dividida por séculos de conflitos internos entre as cidades estado, uniu esforços para enfrentar a ameaça externa.
Atenas estava ameaçada. O exército Persa avançava rapidamente. Não iria haver tempo para evacuar a cidade. Leónidas, Rei de Esparta, voluntariou-se para enfrentar os Persas no desfiladeiro das Termópilas, um estreito que se estendia por vários quilómetros e que traduzido do grego significa Portas de Fogo. Leónidas, com 300 Espartanos e 4000 aliados, impediria as forças Persas de avançar. Ao terceiro dia, ordenou aos seus aliados que retirassem, ficando apenas os seu fieis soldados a guardar o desfiladeiro. Aguentaria mais um dia. Nenhum dos soldados Espartanos, nem mesmo Leónidas, iria ver o nascer do quarto dia.
Leónidas tombou em combate, mas o seu sacrificio não foi em vão. Quando os Persas chegaram a Atenas, encontraram uma cidade vazia. Leónidas, Rei de Esparta, inimigo de Atenas, faria o último sacrificio pelo seu rival, e deixaria uma história de coragem para a Eternidade. Será sempre lembrado pela máxima: Venham Buscá-las!
Guerra do Peloponeso – Recapitulando a história de ESPARTA e ATENAS
Conflito entre Atenas e Esparta, ocorrido entre 431 e 404 a.C.. Sua história foi detalhadamente registrada por Tucídides e Xenofonte. De acordo com Tucídides, a razão fundamental da guerra foi o crescimento do poder ateniense e o temor que o mesmo despertava entre os espartanos.
       A cidade de Corinto foi especialmente atuante, pressionando Esparta a fim de que esta declarasse guerra contra Atenas. Esparta invadiu a Ática com seus aliados em 431 a.C., mas Péricles persuadiu os atenienses a se deslocarem para trás das ‘longas muralhas’ que ligavam Atenas a seu porto, o Pireu, e a evitar uma batalha em terra com o superior exército espartano.
Atenas confiava em sua frota de navios trirremes para invadir o Peloponeso e proteger seu império e suas rotas comerciais, mas foi gravemente surpreendida pela deflagração da peste, em 430 a.C., que matou cerca de um terço da população, inclusive Péricles. Apesar disso, a frota teve boa performance e foi estabelecida uma trégua de um ano, em 423 a.C..
A Paz de Nícias foi concluída em 421 a.C., mas Alcibíades liderou um movimento de oposição a Esparta no Peloponeso; suas esperanças esvaneceram-se com a vitória de Esparta em Mantinéia, em 418 a.C..
Ele foi também o principal defensor de uma expedição à Sicília (415-3 a.C.), que visava derrotar Siracusa e que resultou em completo desastre para Atenas. A guerra foi formalmente retomada em 413 a.C.; a fortificação de Decélia, na Ática, pelos espartanos, e revoltas generalizadas entre seus aliados pressionaram Atenas, que havia perdido grande parte de sua frota na Sicília e estava falida e atormentada por convulsões políticas. Apesar disso e graças, em grande parte, a Alcibíades, a sorte de Atenas ressurgiu, com vitórias navais em Cinosema (411 a.C.), e Cícico (410 a.C.), e com a reconquista de Bizâncio (408 a.C.).
Houve mais uma vitória em Arginuse, em 406 a.C.. A partir de então, o apoio financeiro da Pérsia a Esparta e as habilidades estratégicas e táticas do espartano Lisandro alterou a balança. A vitória espartana em Egospótamos e seu controle do Helesponto subjugaram Atenas, pela fome, até a rendição, em abril de 404 a.C..
ATENAS: A democracia é um dos seus legados
Atenas formou-se a partir de uma miscigenação entre os jônios e os primeiros habitantes da Ática, no século VIII a.C. A primeira forma de governo ateniense foi a monarquia. Nessa época, Atenas era governada por um rei (Basileus), com plenos poderes de sumo-sacerdote, juiz e chefe militar, auxiliado por um Conselho de Anciãos (Areópago). Havia também uma Assembléia do Povo.
A sociedade era dividida em classes sociais:
a) os EUPÁTRIDAS eram os aristocratas;
b) os geomores eram formados pelos pequenos proprietários rurais;
c) os demiurgos eram os pequenos artesãos;
d) os estrangeiros (METECOS), considerados livres e sem direitos políticos;
e) os ESCRAVOS adquiridos por meio de guerras, de comércio e por dívida constituíam a base de toda a produção econômica.
Em meados do século VIII a.C., a monarquia começou a se deteriorar em função da concentração das terras nas mãos dos eupátridas, o que lhes garantia maior poder. Nesse período, a monarquia foi substituída pela oligarquia, chamada de Arcontado, que era constituído por nove arcontes eleitos pela aristocracia territorial e escravista. Num primeiro momento, o mandato dos arcontes durava dez anos; depois, foi reduzido para um ano.
As principais funções do arcontado eram: Epônimo, função de administrador; Basileus, função religiosa; Polemarca, função militar; e o Tesmoteta, função de juiz.
As Reformas de Drácon.
As leis, nessa época, eram consuetudinárias (costumeiras) e eram aplicadas pelo Conselho dos Anciãos. Levantaram-se gritos de desespero oriundos do povo e ameaças de revolução, colocando em risco o poder político dos eupátridas. Surgiu, dessa forma, o código de leis escritas draconianas (elaboradas por Drácon).
As Reformas de Sólon
Sólon foi eleito arconte em 594 a.C., com a ajuda dos comerciantes e artesãos ricos que lhe concederam poderes para realizar reformas, entre as quais destacam-se:
a) a criação do Conselho dos Quatrocentos (Bulé), responsável pela elaboração das leis, com admissão dos membros da classe média;
b) criação de um supremo tribunal de recursos (Tribunal dos Heliastas), aberto a todos os cidadãos e eleito por sufrágio universal masculino;
c) proibição da escravidão por dívida;
d) instituição de uma nova cunhagem de moedas (Drácman).
A Tirania
Em 560 a.C., Psístrato foi eleito com a ajuda do povo e do exército. Justificando a fama de déspota benevolente, protegeu a cultura, reduziu o poder da aristocracia e elevou o padrão de vida dos atenienses da classe média. Seu sucessor, Hípias, foi um opressor vingativo.
A Democracia Ateniense
Clístenes foi eleito arconte, após a derrubada de Hiparco, com a ajuda das massas. Governou Atenas de 508 a 502 a.C. Suas principais reformas foram:
a) Criou a Democracia (governo do povo).
b) Aumentou o número de cidadãos.
c) Criou o Conselho dos Quinhentos, cujos membros eram escolhidos por sorteio.
d) Aumentou a autoridade da Assembléia do Povo;
e) Instituiu o Ostracismo, pelo qual o cidadão considerado perigoso ao Estado era exilado por dez anos.

ATENAS
Atenas é uma das mais antigas cidades da Europa, fundada no século VIII a.C, e sua história é bastante ligada a história da Grécia, sendo de fundamental importância desde os tempos da Grécia Antiga.
Atenas na antiguidade era uma sociedade não militarista, em oposição a Esparta e se destacava das outras cidades gregas por ter adotado a democracia. Foi fundada no século VIII a.C.na região da Ática. Durante as Guerras Médicas Atenas comandou o exército Grego através da chamada Confederação de Delos.
A sociedade ateniense era dividida no período de seu apogeu em:
  • Eupátridas: Cidadãos, tinham direitos políticos e participavam da democracia e da vida pública. Tinham pai e mãe ateniense e ertam maiores de 21 anos de idade  (alta aristocracia, com direito a cidadania, que foi progressivamente abrangendo os menos ricos);
OBSERVAÇÂO: Raramente a cidadania era concedida a pessoas de outras cidades
  • Metecos Viviam na cidade, mais não tinham nascido na polis Atenas. Não tinham direitos políticos e eram proibidos de comprarem terras, podiam trabalhar no artesanato e comércio. Geralmente pagavam impostos para viverem na cidade, e em algumas épocas podiam ser convocados para o serviço militar (pequenos comerciantes, sem direitos de cidadão);
  • Escravos (prisioneiros de guerra e condenados por algum crime; Nascidos nas famílias escravas, comercializados como escravos por estrangeiros no mercado grego; eram também considerados escravos os que pagavam dívidas, até que essa modalidade de escravidão por dívida foi proibida na Grécia antiga.
OBSERVAÇÂO: No final do século IV a.C., eram aproximadamente 400 mil escravos em Atenas. Os escravos urbanos atenienses, estavam geralmente protegidos por lei contra abusos ou brutalidades de seus donos. Se um escravo denunciasse o seu dono por maus tratos, este estava sujeito a vende-lo ou a entrega-lo para a justiça de Atenas.
A POLÍTICA PASSOU PELAS FASES DE MONARQUIA, ARCONTADO, TIRANIA E DEMOCRACIA.
Apesar de os antigos habitantes de Atenas se considerarem Autóctones, eles na verdade resultam de uma lenta mistura de populações pré-helênicas realmente autóctones com populações helênicas, vindas principalmente da Iônia, sem histórico de conflitos ou conquistas violentas.
Sua posição geográfica deixou Atenas fora das correntes invasoras dóricas. Mais tarde sua população sofreu novamente influencia externa pela chegada gradual de estrangeiros, atraídos pela prosperidade comercial da cidade.

PÁRTENON: Erguido em Homenagem à Deusa Atena
Até cerca do século VIII a.C. a região não constituía uma unidade política, sendo dividida em pequenas comunidades. A união destas comunidades é associada à figura mitológica de Teseu. A colina conhecida como Acrópole passou então a ser a capital do novo estado.
Na origem lendária, a região da Ática era disputada entre Poseidon e Atena. Os deuses dariam a região aquele que desse aos habitantes o presente mais útil. Poseidon deu então o cavalo, e Atena o suplantou criando a oliveira. A cidade ganhou então seu nome do nome desta deusa. Essa disputa entre os deuses parece estar ligada a uma mudança na população dominante da região em algum momento da sua história antiga.[1]
A religião
Possuía duas características principais: era politeísta (cultuavam vários deuses) e antropomórfica (os deuses tinham forma e comportamento semelhantes aos homens). Os deuses da Grécia eram imortais, sendo essa a principal qualidade que os tornava diferentes dos homens. Além de deuses os gregos cultuavam os heróis ou semideuses. Os heróis era filhos de um deus com uma mortal ou de um mortal com uma deusa e distinguiam-se por incríveis aventuras e brilhantes façanhas. O herói grego mais famoso é HÉRCULES.
Tanto os gregos como os romanos cultuavam os mesmos deuses, só que alguns com nomes diferentes, por exemplo, os nomes dos planetas são os nomes romanos para os deuses gregos.
A mitologia grega
O mito é um fenômeno cultural complexo com inúmeros pontos para debates. Em geral, mito é uma narrativa que descreve e retrata, em linguagem simbólica, a origem dos elementos básicos e suposições de uma cultura. As narrativas mitológicas surgem no decorrer da história como forma de explicar a existência humana e os fenômenos sobrenaturais, conta à vida e as proezas de deuses e heróis ou ainda justificar as instruções sociais ou políticas.  Algumas narrativas têm como objetiva relatar como o mundo começou, como os animais e o homem foram criados, e como certos costumes, atitudes ou formas de atividades humanas se originaram. O verdadeiro objetivo do mito, contudo, não são os deuses nem os ancestrais, mas a apresentação de um conjunto de ocorrências fabulosas com que se procura dar sentido ao mundo. O mito aparece e funciona como mediação simbólica entre o sagrado e o profano, condição necessária à ordem do mundo e às relações entre os seres.
Os deuses do Olimpo
       Nos primórdios da história da história, houve muitos deuses locais.Cada deus matinha um vínculo com lugar sagrado.Podia ser um recanto misterioso de uma floresta ou um lago tranqüilo.Aos poucos doze deuses tomarem os mais importantes, sobressaindo-se aos demais.No ano 750 a.C, Hesíodo escreveu a história desses doze deuses do Monte Olimpo. Cada deus tinha seu símbolo e suas tarefas mitológicas bem definidas. 
Zeus - o sábio, governava os deuses no Olimpo e protegia a Grécia.
Hera - terceira mulher de Zeus.Protegia as mulheres e as mães.
Atena - era a deusa da sabedoria.
Apolo - era o deus da luz, saúde e da morte repentina.
Ártemis - irmã gêmea de Apolo, era deusa da luz.
Hermes - era o mensageiro dos deuses.
Ares - era odiado pelos deuses, era o deus da guerra.
Hefesto - era o ferreiro aleijado dos deuses.
Afrodite – a mais bela das deusas, deusa do amor.
Posêidon – deus dos mares.
Héstia – era a tranqüila deusa do fogo.
Deméter – era a deusa da fertilidade da terra.

O Minotauro
       O minotauro era o “bichinho” de estimação do rei Minos. Ele era muito feio e feroz. Um monstro com cabeça de touro e corpo de gigante.Por ordem do rei, o Minotauro vivia escondido dos habitantes de Creta em um labirinto.Só mesmo um grande herói, como Teseu,  seria capaz de enfrentar o monstro.  No labirinto de Creta vivia o Minotauro, que vivia escondido dos homens por ordem do rei Minos. Segundo a mitologia, Uma vez a cada nove anos, chegava a Creta um navio de Atenas, com sete rapazes e sete moças, que eram devorados pelo Minotauro.  Os atenienses eram obrigados a mandar seus filhos pra o sacrifício, por causa de uma guerra antiga entre Atenas Creta. 
       Na terceira vez que isto estava para acontecer, Teseu, o grande herói de Atenas, declarou que dessa feita ele queria ser um dos sete rapazes. Teseu estava certo de que ia matar o Minotauro.
Chegando a Creta, Teseu e seus companheiros apresentaram-se ao rei Minos.
A filha do rei, Ariadne, se apaixonou por Teseu à primeira vista. Ela lhe deu uma espada e um fio de linha.  A espada é óbvio! Era para matar o Minotauro. E o fio de linha? “Amarre uma ponta do fio na cintura e a outra na entrada do labirinto”, explicou Ariadne a Teseu. “Para sair do labirinto, basta caminhar de volta seguindo o fio”.  Teseu deu de cara com o Minotauro numa das voltas do labirinto. Sentiu muito medo, porque o Minotauro tinha o dobro do tamanho dele e era o bicho mais feio da Terra. Mas nestas horas um herói não pensa nada: ataca seja o bicho feio que for. Com a espada de Ariadne, Teseu matou o Minotauro.
De um labirinto daqueles, era quase impossível sair, mas não para quem tem um fio de linha.
Teseu e Ariadne partiram juntos no navio de volta a Atenas e teriam sido felizes para sempre não fosse o deus Dioniso, que apareceu no meio do caminho e ameaçou Teseu com mil horrores se não lhe entregasse Ariadne. Teseu tinha força e coragem bastante para enfrentar um Minotauro, mas um deus também já era demais!
OS JOGOS OLÍMPICOS
De quatro em quatro anos, os gregos das mais diversas cidades-estado reuniam-se na cidade de Olímpia, para a realização de várias competições esportivas. Os jogos Olímpicos eram realizados em honra a Zeus (um dos mais importantes deuses gregos) e incluíam provas de diversas modalidades esportivas: corridas, saltos, arremessos, lutas corporais... Os gregos atribuíam tamanha importância aos jogos que chegavam a interromper guerras entre cidades (trégua sagrada), para não prejudicar a realização dos jogos. Todos os atletas que participavam das competições eram considerados invioláveis como pessoa.O prêmio para os vencedores era uma simples coroa, feita com ramos de oliveira.

LEMBRETES:
ESPARTA

Esparta surgiu por volta do século IX (a.C.), na fértil região da Lacônia, próximo ao litoral do mar Egeu. Em Esparta, diferentemente das outras cidades gregas, não houve transformações políticas, econômicas, sociais e culturais. Isso se deve, em parte, ao seu isolamento.
Organização Política
As instituições sociopolíticas espartanas foram atribuídas a um legislador lendário, Licurgo, que teria recebido as instruções do deus Apolo. A organização do Estado Espartano era assim constituída:
a) Dois Reis (Basileus): um era o chefe militar; o outro, religioso.
b) Senado (Gerúsia): o conselho dos anciãos.
c) Assembléia do Povo (Ápela): caráter deliberativo.
d) Eforado: cinco anciãos escolhidos na Gerúsia para governar.
Organização Social
A população de Esparta dividia-se em três classes principais:
a) A camada dominante era constituída dos esparciatas ou descendentes dos primeiros conquistadores; somente eles tinham direitos políticos.
b) Em segundo, vinham os periecos (que moravam em redor da cidade) e tinham permissão de comercializar e dedicar-se à manufatura, mas não tinham direitos políticos.
c) Os hilotas, parte da população submetida a um trabalho compulsório e a um tratamento, muitas vezes, vergonhoso.
Disciplina Militar 
Os cidadãos espartanos eram condenados a uma existência de privações: na maior parte de suas vidas, estavam submetidos ao serviço militar.
A educação masculina era dedicada ao serviço militar, que começava aos sete anos, quando os homens eram submetidos a açoite, a fim de enrijecê-los para os deveres da guerra. Entre os vinte e os sessenta anos, os homens estavam a serviço do Estado, que regulava minuciosamente a vida de seus cidadãos: além da educação dos jovens, preocupava-se com o casamento, obrigatório para os celibatários (lei Atímica).
As mulheres espartanas eram preparadas fisicamente para se tornar mães de espartanos sadios. Praticavam ginástica e participavam de jogos esportivos. Gozavam de maior liberdade que as demais mulheres do mundo grego, o que se explica pela freqüente ausência do homem e pela necessidade de administrar o patrimônio familiar.

Organização Econômica
A organização econômica de Esparta visava garantir a eficiência militar e a supremacia dos esparciatas. As melhores terras (também os hilotas que trabalhavam e sustentavam toda a sociedade) eram propriedades do Estado.
Política Externa
Com relação à política externa, no fim do século VI a.C., Esparta dominou quase todo o Peloponeso, formando, juntamente com Corinto, Mégara, Égina e outras, a Liga do Peloponeso. Essa aliança militar, da qual não participava Argos, sua arqui-rival, transformou-se em um instrumento de dominação espartana.
COSTUMES DOS SOLDADOS ESPARTANOS
  Eugenia: sacrifício de crianças deficientes.
  Kriptia: matança de hilotas.
  Xenofobia: aversão à idéias estrangeiras.
  Laconismo: hábito de falar pouco.
  CIDADES-ESTADOS GREGAS*
PÓLIS: centro político –militar –religioso, autônomas e independentes.
 * Autonomia administrativa, o que caracterizava a fragmentação política da Grécia.

LEMBRETES:
ATENAS

Atenas na antiguidade era uma sociedade não militarista, em oposição a Esparta e se destacava das outras cidades gregas por ter adotado a democracia. Foi fundada no século VIII a.C.na região da Ática. Durante as Guerras Médicas Atenas comandou o exército Grego através da chamada Confederação de Delos.
A sociedade ateniense era dividida no período de seu apogeu em:
  • Eupátridas: Cidadãos, tinham direitos políticos e participavam da democracia e da vida pública. Tinham pai e mãe ateniense e ertam maiores de 21 anos de idade  (alta aristocracia, com direito a cidadania, que foi progressivamente abrangendo os menos ricos);
OBSERVAÇÂO: Raramente a cidadania era concedida a pessoas de outras cidades
  • Metecos Viviam na cidade, mais não tinham nascido na polis Atenas. Não tinham direitos políticos e eram proibidos de comprarem terras, podiam trabalhar no artesanato e comércio. Geralmente pagavam impostos para viverem na cidade, e em algumas épocas podiam ser convocados para o serviço militar (pequenos comerciantes, sem direitos de cidadão);
  • Escravos (prisioneiros de guerra e condenados por algum crime; Nascidos nas famílias escravas, comercializados como escravos por estrangeiros no mercado grego; eram também considerados escravos os que pagavam dívidas, até que essa modalidade de escravidão por dívida foi proibida na Grécia antiga.
OBSERVAÇÂO: No final do século IV a.C., eram aproximadamente 400 mil escravos em Atenas. Os escravos urbanos atenienses, estavam geralmente protegidos por lei contra abusos ou brutalidades de seus donos. Se um escravo denunciasse o seu dono por maus tratos, este estava sujeito a vende-lo ou a entrega-lo para a justiça de Atenas.
A POLÍTICA PASSOU PELAS FASES DE MONARQUIA, ARCONTADO, TIRANIA E DEMOCRACIA.
Apesar de os antigos habitantes de Atenas se considerarem Autóctones, eles na verdade resultam de uma lenta mistura de populações pré-helênicas realmente autóctones com populações helênicas, vindas principalmente da Iônia, sem histórico de conflitos ou conquistas violentas.
Sua posição geográfica deixou Atenas fora das correntes invasoras dóricas. Mais tarde sua população sofreu novamente influencia externa pela chegada gradual de estrangeiros, atraídos pela prosperidade comercial da cidade.
PÁRTENON: Erguido em Homenagem à Deusa Atena
Até cerca do século VIII a.C. a região não constituía uma unidade política, sendo dividida em pequenas comunidades. A união destas comunidades é associada à figura mitológica de Teseu. A colina conhecida como Acrópole passou então a ser a capital do novo estado.
Na origem lendária, a região da Ática era disputada entre Poseidon e Atena. Os deuses dariam a região aquele que desse aos habitantes o presente mais útil. Poseidon deu então o cavalo, e Atena o suplantou criando a oliveira. A cidade ganhou então seu nome do nome desta deusa. Essa disputa entre os deuses parece estar ligada a uma mudança na população dominante da região em algum momento da sua história antiga.[1]


ESPAÇO PARA AS ANOTAÇÕES:







EEEMP  - CAIC – ESCOLA IR. ALBERTINA LEITÃO
Grade de Avaliação

PROFESSOR: T É R C I O     C R I S Ó T O M O – História é um abraço !
Teste
5,0


ALUNO(A):                                                                             
ATIVIDADE-PESQUISA
1,0


1ª FASE:



Data: _ / 05/ 2012
Exercícios
1,0

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Teste Eletrônico
3,0


1ª AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA
Nota
10,0
















1. As cidades-Estados, base da organização política que caracterizou o povo grego,
a) mantinham política comum.
b) eram politicamente autônomas.
c) possuíam princípios religiosos antagônicos.
d) possuíam uma organização econômica solidária.
e) estavam unidas na política de organização do Mediterrâneo.
2. Na Grécia antiga, a cada quatro anos declarava-se uma trégua nas guerras, a fim de que a população pudesse participar dos jogos de Olímpia, competição que originou os modernos Jogos Olímpicos, e que eram realizados em honra de:
a) Palas Atena;
b) Zeus;
c) Deuses de cada cidade;
d) Dionísio e Afrodite;
e) Héstia.
3. A Guerra do Peloponeso (431 a.C.- 404 a.C.), que teve importância fundamental na evolução histórica da Grécia antiga, resultou, entre outros fatores, de
a) um confronto econômico entre as cidades que formavam a Confederação de Delos.
b) um esforço da Pérsia para acabar com a influência grega na Ásia Menor.
c) um conflito entre duas ideologias: Esparta, oligárquica, e Atenas, democrática.
d) uma manobra de Esparta para aumentar a sua hegemonia marítima no mar Egeu.
e) uma tentativa de Atenas para fracionar a Grécia em diversas cidades-estado.
4. São fontes indispensáveis para o conhecimento dos primeiros tempos daquilo que viria a se constituir na civilização grega os poemas "Ilíada" e "Odisséia", atribuídos a Homero. Seus versos tratam, sobretudo, de episódios e conseqüências relacionadas com a seguinte alternativa:
a) o domínio do fogo ofertado aos homens por Prometeu;
b) a longa guerra contra a cidade de Tróia;
c) a implantação da democracia em Atenas;
d) os combates e batalhas da Guerra do Peloponeso;
e) a conquista da Grécia pelas tropas romanas.
5. A civilização grega atingiu extraordinário desenvolvimento. Os ideais gregos de liberdade e a crença na capacidade criadora do homem têm permanente significado. Acerca do imenso e diversificado legado cultural grego, é correto afirmar que:
A) a importância dos jogos olímpicos limitava-se aos esportes.
B) a democracia espartana era representativa.
C) a escultura helênica, embora desligada da religião, valorizava o corpo humano.
D) os atenienses valorizavam o ócio e desprezavam os negócios.
E) poemas, com narrações sobre aventuras épicas, são importantes para a compreensão do período homérico. Entre esses poemas os mais conhecidos são ILIADA e ODISSÉIA.
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II PARTE
1.  O historiador ateniense Tucídides, que viveu durante a Guerra do Peloponeso, escreveu sobre os gregos:
"... antes da Guerra de Tróia, [os habitantes da] Hélade nada [realizaram] em comum. Este nome mesmo não era empregado para designá-la no seu conjunto. [...] O que fica bem comprovado [nos livros de] Homero: ele que viveu numa época bem posterior à Guerra de Tróia, não utilizou a designação [de helenos] para o conjunto [dos gregos]. [...] Essa expedição mesma os reuniu apenas num momento, naquele em que a navegação marítima encontrava-se mais desenvolvida".
Baseando-se no texto, responda.
a) DIFERENCIE ESPARTA DE ATENAS
b) Por que, apesar da situação política expressa por Tucídides, pode-se falar de uma antiga civilização grega?
c) O que foi  a liga de Delos e o que foi a Liga do Peloponesso.
d) Quem venceu  a guerra do Peloponesso.
2.  . Em troca recebem de nossa parte do mundo o azeite de oliva excedente e todos os tipos de vinho. Quanto ao cereal há intercâmbio; elas nos vendem algum ocasionalmente e às vezes importam-no de nós.
a) Aponte dois aspectos da economia grega na época E DESTAQUE : Como era dividida a sociedade em Esparta e Atenas.
b) Em esparta como um Espartanos se tornava um soldado do Exercito de Esparta ?
c) Qual o papel social das mulheres na Grécia ? entre as mulheres de Atenas e Esparta quais eram as mais autônomas ? Por quais motivos
d) Como uma pessoa podia se tornar um escravo na Grécia Antiga ? A cor da pele (negra) era determinante ?


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